Na altura, eu
era uma menina com o coração demasiado perto das mãos. Havia quem o tivesse
colado ao céu-da-boca, e o deitasse cá para fora em altos momentos de poesia
urbana. Eu, só de pensar em falar o que escrevia para o público, tremia da
cabeça aos pés. Falava de tudo, sobre qualquer coisa, em que circunstância
fosse – faltavam-me as papas na língua – mas criar, assim, em direto; expor o
que cá por dentro ia, só no papel, que falava por si e por mim e por todos
aqueles que faziam parte da minha vida.
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