sexta-feira, 9 de setembro de 2011

do orgulho



conheço-as desde que nasceram. a mais velha, com menos quatro anos que eu e a mais pequenina, dois anos mais nova que a irmã. durante mais de metade da vida delas andaram metidas em minha casa, semanalmente. os nossos pais davam-se muito bem e crescemos juntas.

a pouco e pouco, aqui há uns anos, começamos a deixar de nos ver tão frequentemente, mantendo ainda, a amizade que nos unia. as visitas deixaram de ser semanais para ser de 15 em 15 dias, para mais tarde acontecerem apenas mensalmente.

e, um dia, descobrimos porquê. os pais delas estavam a divorciar-se.

depois de sabermos a história e razão para o divórcio, ficámos todos muito abalados, cá em casa. mantivemos o grande laço que tínhamos com o pai das meninas - grande amigo dos meus pais, cresceram juntos - e com as mesmas. a mãe afastou-se de vez - e, graças a deus que assim o fez.

de vez em quando lá as vemos. mas fico sempre com a sensação de que ainda são tão pequeninas, tão inocentes, tão infantis. passaram por muito, durante o processo de divórcio e foram-se aguentando, mas nunca tinha olhado para elas e percebido que, de facto, estavam a ficar meninas crescidas.

até hoje.

a minha prima mais velha é uma senhora. tem onze anos, é certo, mas é uma senhora. não conheço miúda mais bonita que ela - a irmã equipara-se - e hoje provou-me que é responsável e muito inteligente.

apanhei-a a dar um mini sermão ao meu irmão porque ele estava a levantar cabelo com a minha avó. grande menina.

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