terça-feira, 30 de agosto de 2011

e, às vezes, essa pessoa somos nós.



as pessoas esquecem-se depressa daquilo por que passam.
esquecem-se do sofrimento, da humilhação. esquecem-se das lágrimas e da falta da força para sorrir. às vezes, até se esquecem de como foi estar triste, ser triste. daquele sentimento que as invade e as toma e as deixa sós, tão sós no meio de tanta gente, que se sentem perdidas, sem rumo, sem norte.

mas esquecer-se disso é bom. esquecer o sofrimento e a humilhação, quer dizer que se vive são e confiante. esquecer as lágrimas é querer sorrir todos os dias. não lembrar o que é estar triste, é ser feliz, de verdade. e quando somos capazes de nos encontrar a nós mesmos no meio de uma multidão barulhenta, então o nosso destino e o nosso norte estão bem definidos e delineados.

mas as pessoas esquecem-se depressa daquilo por que passam e, por consequente, das outras pessoas que as ajudam a ultrapassar as fases menos boas.

esquecem-se que houve alguém que esteve lá para curar as feridas e proteger das vozes alheias. esquecem-se que houve alguém que limpou as primeiras lágrimas e segurou todas as outras. que houve alguém que esteve ali, dia e noite, noite e dia, nos piores momentos, à espera de um sorriso e a fazer de tudo o que estava ao seu alcance para o ver. as pessoas esquecem-se depressa daquela outra pessoa que lhes entregou a sua bússola, lhes ensinou a ler o mapa e lhes deu a conhecer o caminho certo.

e que, até hoje, ainda não ouviu um simples obrigado.

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