segunda-feira, 14 de maio de 2012

da saudade



vem de manso, ao de leve. a saudade que tenho das tonalidades menores tem pés de lã e só ataca de quando em vez. não se mostra quando quero, mas deixa-se ver quando se quer deixar mostrar. vem disfarçada de tudo o que a natureza deu ao homem de bom, como toda a arte, desde os primórdios do tempo.
é-me natural, como é natural a toda a gente, não só a saudade, mas também a melodia que em tempos não fui capaz de apreciar.
toquei piano durante nove anos. não toco há cinco meses. as saudades acumulam-se, é difícil pensar que não podia sequer ver uma partitura à minha frente sem desejar uma outra vida.
não voltaria a tocar por obrigação, de forma alguma. mas a paixão mantém-se. as saudades vieram para ficar. o piano desapareceu.
e vocês não imaginam, sequer, a vontade, o fogo desejo em mim de voltar a tocar. a tocar chopin. beethoven. e schubert.
trago o romantismo em mim e abomino o barroco (tudo por culpa lá do bach, que obviamente respeito e gosto de ouvir).
da saudade, trago a música. e o resto, são só memórias.

1 comentário:

  1. eu gosto de música clássica e de tempos a tempos lá vou dando uns toques no meu orgão. mas só sei tocar um pouco de Beethoven, Fur Elise, a minha preferida :)

    Bjokas

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